Em tempos de pandemia, o “Andarilho do Riso” mostra que há luz no fim do túnel

LITERATURA

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Da Redação – Ezio Garcia

Editado e produzido pela Editora Vizeu,  a obra “Andarilho do Riso” (Viseu-Valdir Leal, 164 pgs.) circula por todo o território nacional, mostrando a biografia, a arte e a obra do animador infantil, poeta, escritor e ator Valdir Nunes Leal.

Piauiense radicado em Nova Xavantina desde 1986, membro de uma família de pioneiros nordestinos chefiados pelo patriarca Sr. Alfredo Nunes Leal (in memorian), Valdir foi o único da família que “saiu” artista, tendencia notada por todos desde pequeno, na infância vivida no agreste do Estado do Piauí, em sua cidade natal, Água Branca, situada à 97 km ao norte da capital Terezina.

Autobiográfico em seu conteúdo, o livro no entanto não se restringe à nomes e fatos alinhados cronologicamente no tempo e no espaço. Em sua narrativa, que adiciona 40 poemas do autor, o Andarilho do Riso mostra o pensamento e a forma de encarar a vida saídos da pena de quem acredita na Arte como forma de subsistência e de entreter a humanidade, no caso específico, as crianças, que são o futuro de toda e qualquer Nação.

Filosófica, a narrativa penetra no conflito existente na essência da função de fazer rir, função maior dos animadores infantis, também chamados de”palhaços”ou de “clown” no idioma inglês, se sobrepondo à dor da existência inerente à todo ser humano, que já nasce chorando, como diz o povo. Essa dor secular e antropogênica da humanidade aparece na obra nas citações da vida sofrida do autor no agreste nordestino,  na vida socialmente de limitações e necessidades de onde a família Leal saiu para o Mato Grosso, exatamente para “mudar de vida”.

Mas porque um palhaco ou clown faz rir as pessoas? Valdir deixa uma pista para esta reposta em seus pensamentos e poemas: a pureza quase angelical com que o artista enxerga a vida em suas diversas manifestações, o que torna “engraçado” toda e qualquer situação diferente deste estado natural  e primordial de ser.

Turismólogo, ex-Conselheiro Tutelar, ator formado regularmente em curso realizado na capital do Estado, com vivência em Lisboa, Portugal, professor de teatro com atuações em peças e apresentações em diversos grupos teatrais e já em seu segundo livro, Valdir Leal esboça em seus poemas esta pureza e um profundo amor pela natureza e pela sabedoria divina.

Tanto no projeto Rio Limpo Rio Lindo, do qual foi membro, e na Instituição Sociedade Brasileira de Eubiose, da qual é membro ativo, Valdir retira material para as suas reflexões, e mostra para o público que existe Luz no fim do túnel para quem acredita na Vida, na Arte,  no Bem, no Bom e no Belo como fatores norteadores de nossa existência.

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