Da Redação – Ezio Garcia
Uma das nove cidades da baixada metropolitana santista, situada à 110 km da capital, no litoral sul de São Paulo, a cidade de Itanhaém é considerada histórica não só pelo fato de ser a segunda fundada no Brasil -em 22 de abril de 1532, pela expedição de Martin Afonso de Souza-mas também, e principalmente, pelo fato de ter sido o local de repouso escolhido pelo fundador da metrópole paulista, o Padre José de Anchieta.
O ILUSTRE MORADOR
Homenageado com uma estátua no centro histórico da cidade, foi alí que o santo Padre, o primeiro grande catequisador dos indígenas brasileiros e cultuador das primeiras letras pátrias, com versos escritos na areias da praia de Itanhaém e sobre o qual se contam muitas histórias e lendas -como a de que conversava com as feras em suas andanças pelo sertão e os pássaros lhe faziam sombra enquanto ensinava.
Foi em Itanhaém que, digamos, o grande espiritualista brasileiro “morou”, tendo sido preservado inclusive o local de sua cama, natural diga-se de passagem -um grande bloco granítico horizontal encravado nos morros da Praia dos Sonhos, próxima ao centro.
ESPIRITUALIDADE NATURAL
Com praias belíssimas, desde Suarão, Nova Itanhaém, Praia dos Sonhos, Cibratel e outras, o município respira espiritualidade -sem dúvida herdada de seu Ilustre Morador- toda a orla é habitada pelo jovem público de classe média, além de famílias tradicionais paulistanas; local mais do que ideal para se passar um belo período de férias, ou para morar, livre dos compromissos das grandes cidades, e respirando o ar da espiritualidade natural, que paira sobre toda a cidade.
“NÃO PRECISO DIZER QUEM SOU”
Na praça, a pinacoteca e o museu guardam relíquias dos tempos da expedição colonizadora de Martim Afonso; peças domésticas daquele tempo, móveis, documentos, a antiga cadeia, e nos pés da estátua do grande Mestre, a frase reveladora de sua orígem ou de sua essência: “Não preciso dizer quem sou”.
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