Caso Renan Luna: 2 meses e meio de investigações

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XAVANTINA – Completam-se dois meses e meio da morte trágica de Renan Luna em Nova Xavantina. Ele foi morto com um tiro de arma de fogo na cabeça no final da madrugada do dia 09 de abril desse ano. O fato ocorreu na saída de uma festa naquela cidade. O Inquérito policial que investiga os fatos já conta com cerca de 30 depoimentos de testemunhas e suspeitos.

Inicialmente, três pessoas foram detidas pela Polícia Militar por terem tentado agredir o Major Escolástico que estava na festividade. O próprio Major confirmou em depoimento, que esteve no local e percebeu que um jovem estava fazendo uso de drogas. O policial tentou deter o jovem, mas foi cercado e perseguido por cerca de 20 jovens. O Major também afirmou que se sentiu ameaçado pelos jovens, e por isso, efetuou alguns disparos para o chão, para intimidá-los.

O inquérito policial foi enviado ao Fórum, que o repassou ao Ministério Público Estadual. Porém, a Delegacia de Polícia requisitou a peça novamente para prosseguir em novas diligências e oitivas. Algumas testemunhas prestaram depoimento dizendo que ficaram sabendo que o policial militar havia feito alguns disparos na saída da festa. Há pessoas que também prestaram depoimento dizendo que viram o Major Escolástico tentando fugir de um grupo de pessoas.

Já um bombeiro militar que atendia a ocorrência, disse que chegando ao local da festa, foi informado pelo Major Escolástico de que havia tiroteio no interior da festa. Porém, o bombeiro destacou que enquanto permaneceu no local, não ouviu disparos. O bombeiro ressaltou ainda que as pessoas comentaram que havia alguém morto no interior do local. Tem outro depoimento de testemunha que afirma ter visto o jovem água-boense Renan momentos antes de ser atingido por um disparo.

Todos os que prestaram depoimento jamais citaram qualquer ato ilegal que pudesse ter sido praticado por Renan Luna. Outros afirmaram que foram mais do que apenas dois tiros disparados naquela madrugada. Um revólver calibre 38 com cinco munições deflagradas foi encontrado no muro que cerca a sede campestre. Também uma cápsula de munição .40 foi encontrada perto de uma mancha de sangue da vítima. Os materiais foram anexados ao Inquérito Policial, assim como também uma pistola que pertence ao Major Escolástico.

Como o caso está sob investigação, o Ministério Público Estadual ainda não ofereceu denúncia contra ninguém. Na capa do inquérito da Delegacia de Polícia, consta o nome de três jovens como possíveis suspeitos, bem como os nomes das vítimas, o Major Escolástico e Renan Luna. O desenrolar do inquérito está sendo aguardado com grande expectativa pela comunidade regional. Ainda não há prazo para a conclusão do inquérito pela Delegacia de Polícia, o que pode demorar ainda 30 dias devido a solicitação de novas diligências pela autoridade policial. (Inácio Roberto)

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ATUALIZADA DIA 19/04

Todos vestidos com camiseta em homenagem a RenanÁGUA BOA – Amigos e familiares do jovem Renan Luna promoveram ontem no final da tarde, a Caminhada de Luto na Av. Júlio Campos, centro da cidade. Convocada pelas redes sociais, a caminhada foi pacífica e acompanhada por policiais militares. A caminhada partiu da frente do Fórum subindo até o coração na entrada da cidade, retornando até a frente do Fórum.

Os participantes fizeram a Oração do Pai Nosso e em seguida se dispersaram. Os organizadores informaram que foram cerca de 400 participantes. Já o Tenente Coronel Wanderson Silva Sá, disse que foram cerca de 300 manifestantes. Os participantes da caminhada exibiam cartazes exigindo justiça para o assassinato ainda não esclarecido do jovem Renan Luna. Somos todos por Renan Luna, “E se fosse seu filho?”, Queremos Justiça. Quem matou Renan? “Mais uma família destruída”.

O crime ocorreu no final da madrugada de domingo, 09 de abril, na saída de uma festa em Nova Xavantina. Ontem, o amigo de Renan, Mauri Machado Júnior, disse à nossa reportagem que estava ao lado do amigo Renan quando este levou o tiro. Mauri disse que a cápsula vazia da arma caiu sobre o corpo de Renan logo após o disparo. Ele prestou depoimento na Delegacia de Polícia de Nova Xavantina.

ÁGUA BOA – Após a Caminhada de Luto em prol de Renan Luna, o pai dele, Vando Luna concedeu entrevista. Ele afirmou que o sentimento que a família passa é difícil de descrever. Ele agradeceu à força recebida da comunidade e dos amigos que deram total apoio nessa caminhada.

Vando Luna disse que a família não quer vingança, somente justiça. O pai de Renan disse que vai acionar um advogado para acompanhar o desenrolar do inquérito policial.  Ele tem medo que o caso caia no esquecimento e por isso, todos estão clamando por justiça. Vando Luna disse que esse caso tem só uma versão, e não duas versões.

ÁGUA BOA – O comandante do Policiamento na região, considerou a Caminhada de Luto – Renan Luta como uma caminhada pacífica, silenciosa e triste. A população está pleiteando um direito, que é o direito à justiça.

O tenente Coronel Wanderson Silva Sá disse que a PM deu o devido apoio à caminhada. Ressaltou que o 13º Comando Regional da PM está solidário com a família que passou pela tragédia. Relatou que a Polícia Militar está trabalhando de forma imparcial na segurança pública.

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